Perlimpimpim!
Eu te fado para que sejas muito feliz!
Variações aleatórias entre o muito bom e o muito mau... mutações emocionais constantes... o paradoxo da normalidade
Foi engraçado perceber que há duas sessões que não falo do meu ex e que na última me debrucei sobre a questão mais antiga, enraízada em mim há tanto que já nem me lembro de ser sem ela... a fiel companheira de todo o meu percurso enquanto rapariga-mulher: o drama existencial das minhas coxas rebeldes! Dei uma reviravolta na minha vida... sofri, chorei, ri e cresci. Recupero e reciclo as minhas emoções e pensamentos. Mantenho o corpo em tumulto a acompanhar estas modificações... mas chegou a hora em que, ou me calo para sempre e aceito que nunca vou ser esquelética e perfeita, ou desafio a apatia e remodelo a minha figura. E depois de ter alterado tanto de mim, umas coxas mais esguias poderão adequar-se à bela Anne Marie, um ser quasi-perfeito! Assim, hoje, dia 23 de Maio de 2006 declaro auto-guerra só para meu bem. Não vou deixar entrar calorias pérfidas e doces irónicos no meu corpo! E vou caminhar, andar, saltar e correr! Prometo voltar dentro de dias para relatar a minha batalha contra o perigo balofo. Kris, se quiseres entrar na luta, just say "yes"! |
Impressão 1: O conceito de inferno não implica dor física mas o martelar dos gritinhos de alegria de pessoas com menos de 1 metro de altura. Não falo de anões do circo, mas da feira dos insufláveis em Monsanto. O silêncio fica à porta, acompanhado dos sapatos e ténis dos petizes. Pontualmente, no meio do ruído, uns balões rebentam... e aquilo que seria assustador é apenas um decibel mais forte do que o contínuo som destas labaredas infernais. Diálogo 1: - Olá, Salvador! Eu sou a Ana. Tens de me obedecer a tudo o que te disser hoje. - Sim, está bem! (Que gozo! Nunca tinha dito isto a ninguém... e apesar da pessoa em questão ter 6 anos, senti-me poderosa!) Impressionante: Conheci um menino comilão que consegue enfiar duas fatias de bolo de chocolate na boca, em simultâneo. Depois engole água e sai a correr para a brincadeira. Impressão 2: Quase vinte crianças risonhas numa jaula com doces e batatas fritas. Os pais trocam sorrisos perplexos. No entanto, sente-se a felicidade no ar... e particularmente nos ouvidos. Sobre o espaço 1: Há cerca de meia dúzia de insufláveis dentro de uma tenda que pretende passar a mensagem "O brincar ajuda a pensar, pensar ajuda a crescer". Supostamente toda esta engenharia lúdica tem um racional teórico do Prof. Doutor Enigma, protegido pelo anonimato de um traço de corrector pouco discreto. Sensação 100: Agora os meninos do cubículo 3 foram passear ao ar livre. Eu fico dentro das grades, já habituada à banda sonora envolvente. Começo a sentir sono. Será possível? Estou anestesiada pelo divertimento infantil actual. Mesmo com apitos, música foleira, balões a explodir, gritos, gritinhos e gritões, fecho os olhos. Vou tentar dormir um bocadinho enquanto os amiguitos brincam ao sol e na relva * Sensação de absorção mas ao contrário: Ah, informação de último minuto: na jaula ao lado da nossa uma miuda vomita as entranhas. Se isto fosse um filme de terror, todas as outras crianças se enojavam e vomitavam em jacto contínuo, afogando o recinto... mas isto não é um filme de terror. É só um pesadelo! Conclusão (escrita já no silêncio do meu palácio): Consigo alhear-me de algum desassossego exterior. Sobrevivi bem a esta manhã-tarde. Sinto-me cansada, mas tranquila. Um dia não são dias! Agora vou tomar benurons para a pinha... * Por lapso referi sol e relva. A minha sister corrigiu-me - eles saíram de uns para outros insufláveis, no exterior da tenda grande... |
Foi um dia de ansiedade... mas da boa! Um dia feliz! Ah! E é tão forte quanto o Spider! Parabéns,Tom! |
A narrativa do evento segue dentro de momentos, mais concretamente, depois de me livrar da formação que me stressa há duas semanas! Aqui fica o trailer: família, amigos, sorrisos, bolo de chocolate, vinho, música, piano, risos, jardim, flores, espaço, disponibilidade, bom gosto! |
Hoje vi dois filmes... E porque este blog é uma espécie de diário e-íntimo, faz hoje um ano que desistimos do "até que a morte vos separe". Nenhum de nós morreu. Um ano de tristezas e alegrias! Um ano de dias-noite e noites-dia! Um ano de vazios e contentamentos! A vida é irónica, assustadora, imprevísivel, mas fascinante! |