A Fabulosa Espera de Anne Marie

Variações aleatórias entre o muito bom e o muito mau... mutações emocionais constantes... o paradoxo da normalidade

samedi, décembre 31, 2005

Saltar etapas...

De acordo com uma moral mais conservadora, ando a eliminar fases das regras sociais. Por exemplo, estou a acabar de tomar o pequeno-almoço e vou sair para jantar... o que fiz às refeições intermédias?
Será pecaminoso?
É uma sensação de que o conteúdo da minha vida não se adapta aos compartimentos da normalidade... (que raio de frase-bullshit para acabar o ano...)
Boas festas nas bochechas!!! Aproveitai os derradeiros happy minutes de 2005! O anaço está a chegar!!!

Fazes-me bem...

... já há umas horas consideráveis...

vendredi, décembre 30, 2005

Breve explicação linguística de Anaço

Alguns amigos, mais cépticos, têm refilado com este novo conceito que criei, em parceria com X (cuja identidade não pode ser revelada). Anaço significa um ano grandioso e repleto de prazeres.
Mas porquê anaço?... porque um grande ano devia ser um anão e isso é um paradoxo...

Primeiras vezes...

Peço desculpa aos que pensaram que este poderia ser o primeiro-post-porno de Anne Marie. Não o é, de facto. Lamento informar que tenho demasiados tabus no encéfalo e além disso, ausência de vivências eróticas ou carnais há bastante tempo.
De qualquer modo, queria fazer uma lista de primeiras vezes de 2005 (Pai, eu sei que tens o endereço, mas não leias isto, está bem? Intimidade de filha... um português impressionante mas o conteúdo pouco cristão).Assim:
- Primeira passagem do ano by myself
- Primeiro grande desamor
- Primeiro divórcio
- Primeiro desgosto de ego ferido
- Primeiro amor platónico-unilateral-patético-longínquo
- Primeira psicoterapia (com fim estimado em 2073)
- Primeira massagem (com fim estimado em 2073 também, ano do meu centenário)
- Primeira viagem alone
- Primeiro blog
- Primeiro blind date (mas com selo de qualidade e ainda uma boa surpresa a descobrir, creio)
- Primeira ideia que sou fabulosa e o resto que se foda!(já que eu não posso)
- Primeira convicção de que o amor sabe esperar e vai esperar por mim, eu sei...

jeudi, décembre 29, 2005

Primeira e última entrevista do ano a Anne Marie

Repórter da Máxima Interiores: Anne Marie, consegue explicar o porquê da sua riqueza interior?
Anne Marie: não sei... penso que há efeitos de uma grande carga genética... mas creio que vivi muito este ano. O transmutis timex de 2005 perturbou-me. Abalou o meu sistema de crenças e encontro-me agora a reinstalar tudo de novo. Daí a perfeição.
Repórter da Máxima Interiores: Anne, tem algum conselho a dar ao Universo?
Anne Marie: ... bem, penso que os happy days não têm de ter um racional teórico subjacente. São bons porque sim. Porque há surpresas diárias e não há explicações...
Repórter da Máxima Interiores: estou a vê-la com um sorriso enigmático. Houve algum factor último que a levou à alegria? Já consegue comer sopa?
Anne Marie: hum... vários factores...
Repórter da Máxima Interiores: ... e
Anne Marie: ... e vamos esperar pelo anaço! Obrigada!!! Feliz 2006!

mercredi, décembre 28, 2005

A última massagem de 2005

... está quase a acontecer! Que venham muitas mais!
Revelação 05: Massagens ao ego!

Decision Maker

Enquanto não parto pelos caminhos de Portugal, tenho a difícil tarefa de decidir o que vou fazer no próximo fim-de-semana. Anjos no céu?
Ontem jantei com a minha boa amiga FF. Ela tem a resposta para os meus problemas de indecisão - the fantastic decision maker!!! A única questão é que não posso ir a casa dela atirar o pêndulo cada vez que preciso de tomar uma decisão... bem, o anaço está a chegar!

mardi, décembre 27, 2005

Traços de anaço - as antevisões...

Por se sentir musculada (virtualmente, claro!), Anne Marie não teme o desconhecido e pensa em viagens. Anne decide que vai partir para parte incerta, na companhia do seu blue bólide friend e irá viver um road movie pelas estradas de Portugal. Mas detém-se na primeira escolha. Irá para Sul ou para Norte? Ou para o lado?
Pensará nisso depois, agora vai pintar as unhas e lutar contra a onicofagia!

Ter ou não ter...

Não tenho comida no meu frigorífico mas tenho vernizes fresquinhos de várias cores.
Não tenho cortinas nas janelas mas tenho pestanas longas e curvilíneas que só não me protegem de um grande amor (espero eu).
Não tenho capacidade para ser corajosa este ano, tenho a convicção que em 2006 serei uma valente.
Tenho um sorriso nos lábios, não tenho o meu coração comigo.
Em resumo, tenho vantagens e desvantagens!

lundi, décembre 26, 2005

Tirem-me este sorriso da cara...

estou a entornar a sopa pelos cantos da boca...

dimanche, décembre 25, 2005

Happy days, happy heart, happy girl!

Este post é simples. Desde que tenho uma couve roxa no lugar do coração sou mais feliz. Por instinto, porque afinal os vegetais são felizes só porque sim. E eu sinto-me mesmo contente. Por nada de especial, por coisa nenhuma, porque a vida é um milhão de possibilidades mais algumas, porque a liberdade é o melhor que podemos desejar e porque tenho um sorriso a alastrar-se do rosto para o resto do corpo, sentindo já a alegria a fluir para os ombros, para os braços, para os dedos que brincam com o teclado. Porque hoje me apetece dançar e rodopiar, cantar, passear, porque estou histriónica e básica, porque quero tudo e sei que posso ter tudo o que quiser, porque sim. Porque confio e acredito, estou megalómana e pateticamente happy. Um brinde aos happy days da nossa vida! Aproveitar a tão desejada paz de espírito. Porque hoje já é amanhã, hoje já é o futuro de ontem. Porque vêm aí os clichés e não me importo. Porque a vida é bela!!! Ou como diria o Pedro, o Louco "A vida pode ser triste, mas é sempre bela". E é mesmo assim.
Mais feliz que o mail que enviei para mim mesma de Londres, esta é a mensagem que posso passar aos meus amigos: oiçam o vosso querer, os vossos desejos e lutem pela vossa felicidade. As mudanças são complicadas mas isso é um facto, não há hipóteses de mudar sem perder alguma coisa. Mas pensem na apatia de passarem uma vida contida, anulada de sentires, amando porque é conveniente, porque há outras prioridades ou até se gosta bastante da outra pessoa. Não, amar é morrer se não tivermos o outro e eu quero desaparecer do planeta se me faltar este querer imenso. Sim, quero adoecer de amor! Seja ele platónico, unilateral e patético! Descobri que me é impossível viver sem desejar, sem adoecer de amores. "Eu sou a que no mundo anda perdida...", dizia a fabulosa Florbela. "Que se foda todo o amor que não é a entrega total", disse o senhor do seu pé esquerdo. E eu apenas posso dizer que sim, é isso mesmo. Escreveram-se as palavras que me fazem sentido hoje e eu apenas as sinto/cito...

samedi, décembre 24, 2005

Pensamentos dispersos_take one

Quando acordei da soneca, estava ainda tão adormecida que não arranjei energias para viver uma holy lisbon night. O brother também me telefonou a constatar o mesmo... o resto da nossa consoada seria, então, uma silent night.
Entre o dormir, acordar e voltar a adormecer no belo sofá vermelho, para recuperar noites perdidas, andei pelos livros que me ofereceram, espiei blogs alheios, mas, essencialmente, dediquei-me à preguiça e ao abandono.
Agora, factos & interrogações:
Facto 1: passei a noite de 24 de Dezembro alone
Interrogação 1: será deprimente?
Facto 2: sinto-me contente, cool & nice
Interrogação 2: se não estou triste, estarei a ficar demasiado independente e individualista?
Facto 3: contra factos não há argumentos
Interrogação 3: Anne Marie sorri mais com os olhos ou com o nariz?

Um Natal com timings pouco comuns

Este ano o Natal teve de ser diferente. À hora do almoço de sábado vivemos a consoada, porque a minha irmã e família vão amanhã viajar, uma vez que o B. é belga.
Este ano não há confusões sobre almoçar ou jantar com x, y ou z, ficar com o dia 25 ou a noite de 24... boa!... assim, tenho esta noite livre para fazer o que me apetecer. E por isso vou sair com o meu irmão e amigos e vamos para a holy lisbon night! Agora, que são oito e meia, vou dormir uma soneca!

Jantar de boas surpresas

Ontem fui a um jantar de amigos. Mas apenas conhecia dois amigos. Os outros amigos eram amigos mas não eram meus. Diverti-me e ri-me. Observei muito. Acho que hoje me doem os olhos de ter estado tão atenta. Não costumo ficar calada mas ontem estive. É natural que quando nos sentimos mais perdidos a boca se feche e os ouvidos e os olhitos se abram... acho eu...
Quero aqui registar que a melhor surpresa foi a mesmo a fantástica anfitriã. Brilhante! Obrigada, Cláudia!

vendredi, décembre 23, 2005

Feliz Natal!

A todos os que se sentem consumidos pelo Natal e intoxicados com o consumismo e com a alegria patética de ser muito amigo e solidário durante 48 horas, aqui vão os meus desejos... de paz e boas energias. É um fim-de-semana apenas. Podia ser mais para não trabalharmos, mas este ano é assim. Aliás, tinha de ser assim. Para 2006 ser o anaço!
Beijos para o meu amigo doutor médico: toma um buscopan que isso passa!

jeudi, décembre 22, 2005

Mudanças sem empresas de mudanças

As mudanças de que falo não têm pessoas fardadas a empacotar pratos e garfos e a conduzirem carrinhas gigantes.
São as pequenas mudanças que acontecem em silêncio, não se sentem, não se mostram e depois, quando nos confrontamos um dia com o que somos, percebemos que mudámos muito. Em pormenores pequeninos que se tornaram novas atitudes e formas de ver e observar o mundo (que entretanto já não é igual), de sentir, de querer, de ambicionar e desejar. Até de sonhar ou acreditar...
O que aconteceu afinal? Acordámos de um coma? Já éramos assim mas tínhamos bloqueado?Transformámo-nos mesmo? Até quando é que uma pessoa pode mudar? Há prazo de reclamação da vida insatisfeita ou depois de uma certa apatia as garantias perdem a validade?
Interrogações, muitas... o ano da dúvida, da estranheza, da confrontação comigo simplesmente só... mas também um ano da procura de sossego, sossego interior, do estar-se bem só porque sim. Sem necessidade de controlar tudo, de saber exactamente... tudo.
Sinto agora mais do que me permitia sentir. Alegrias, tristezas, surpresas, vazios, euforias e mais sentimentos cujos nomes não são tão importantes quanto a sensação...
E o mais estranho era pensar que as minhas emoções adoentadas não eram uma justificação válida para mudar de vida...

Pequena observação de um bom jantar de amigas que trabalharam juntas...

Acho que o melhor dos trabalhos passados são as recordações do contributo que demos (Marta, o J. é um caso de sucesso!) e as amizades que perduram pelo tempo.
Deste meu job, do local e das "chefias" em si não tenho saudades nenhumas. Só as pessoas fabulosas da equipa de trabalho é que mantenho no coração de couve roxa. E sei que, apesar de nem sempre estar presente, elas para mim serão sempre importantes... (e acho que também eu para elas).
Foram anos de aprendizagem em conjunto, fases marcantes em que nos confrontámos com isto de sermos psis e afins. Duro, às vezes triste, mas muito bom e gratificante também. Tenho muitas saudades!
Gostei muito de vos ver e sentir que o nosso* projecto ainda faz sentido!
* ... desculpem, mas continuo a pensar que o projecto é ainda um bocadinho meu

Impressões de Natal

Não sei se gosto do Natal ao fim-de-semana, é muito rápido... tipo... muito rápido, rapidíssimo, rapidinho... tenho imensas metáforas na cabeça mas não as posso escrever porque estamos no Natal, época de paz e amor e seria deselegante. De qualquer modo, o Natal ao fim-de-semana é bem pior do que o que estou a pensar mas não posso escrever porque é Natal... porque isso até é bem bom...
Enfim...

Por uma noite

Uma peça de teatro no Clube Estefânia, bonita, romântica, divertida, fácil.
Hormonas aos saltos (das minhas amigas e público feminino em geral). E eu, nada. Estarei morta? Será que as minhas hormonas congelaram ou estarei e sofrer de qualquer alteração interna, tipo menopausa precoce ou something?
My god, isto está mal, Ana Maria! Tens de lançar o concurso público de benurons!!! Ai, tens, tens...

mercredi, décembre 21, 2005

Mais um dia frio com sol na tola e vento nas orelhas...

Almoço realizado com OptiKris e OptiPedro, sem a presença de OptiInês que justificou devidamente a sua falta (à posteriori...). Desta vez ninguém se perdeu, tudo se encontrou. A conversa foi boa. É sempre bom estar com os amigos e ainda por cima é Natal, neva algodão doce e à noite há estrelinhas a enfeitar o céu azul giro. O Urso da Natura só apareceu de fugida, pois nesta altura do ano nem tem hora de almoço, tal é a azáfama do consumismo.
Agora estou aqui, daqui a bocado vou até ali. Vou ao teatro com outros amigos mas ainda volto hoje... ou amanhã bem cedo, de madrugadinha, que é quando começa o dia...

mardi, décembre 20, 2005

Não consigo dormir...

Tenho milhares de músicas no meu portátil, antigas, novas, boas, más. Que descoberta!!!
E já posso ver filmes!!! E há tantos dvds atrasados!
Estou feliz e demasiadamente desperta para adormecer.
Vou ali até à parede dar uma cabeçada. Talvez se perder os sentidos consiga dormir umas horinhas...
Beijos para quem os quiser! Boa noite!

Anne Marie, a mimada!

Após um almoço tão calórico, Anne Marie achou que nunca mais queria ver comida à sua frente. Acreditava ou delirava? Não sabemos. Apenas a voltamos a encontrar em casa dos pais, comemorando o regresso do seu irmão emigrante, este também com nova e polémica personalidade, jantando com fulgor.
A rapariga é uma autêntica marabunta, poderão pensar... and guess what? She is a marabunt!!!
Mas Anne Marie, para além de gulosa, é também mimada.
O que estará dentro do saco de cartão que leva para casa? ... a escassos dias do Natal, Anne Marie recebe o presente dos seus pais-maravilha: o leitor de dvd, há tanto desejado desde o falecimento de um congénere.
Mas a sorte da rapariga não fica por aqui e seu mano, num gesto de solidariedade natalícia empresta-lhe todas as músicas que tem numa minúscula parte-caixa de computador para Anne poder retirar para o seu belo portátil tudo aquilo que quiser. Oh, loucura plena!
O mimo que Anne recebe está quase ao nível do mimo meloso que toda a família dá aos sobrinhos T e C. Aliás, toda a família é estranhamente melosa o que leva a que aquele 1.º dto se transforme em calda de açúcar, com o mel escorrendo alegremente pelo chão, as paredes em ponto rebuçado...
Já no seu popó, a grata rapariga transporta cuidadosamente as novas machines em direcção ao seu palácio. É pena ter de trabalhar amanhã, senão ficaria a noite toda a ver filmes e ouvir música, até enlouquecer os sentidos e... ela olha-me com um sorriso maroto... talvez fique.

Working Christmas Lunch

... ocorreu a bestialidade e o repasto consumido trabalha agora no meu estômago. Os meus colegas e amigos trouxeram tantas boas iguarias que eu fiquei maluca e atirei-me aos doces. Acho que estou com excesso de açúcar no organismo e receio desmaiar. Se este post ficar a meio é porque o que temia aconteceu... Adeus mundo pouco cruel! Vou beber chá digestivo para ver se consigo sobreviver à tarde! Beijos à Sílvia que faz anos!!!

lundi, décembre 19, 2005

Happy girl!

Para mim este ano foi muito violento, muita mudança e agitação para uma pequena alma frágil, para um ser cujo coração foi substituído por uma couve roxa a pilhas. As alterações foram absolutamente necessárias e não estou arrependida. A questão é que nem sempre sentimos o que seria mais adequado e há alturas em que nos assustamos com o que somos. Acho que foi isso que aconteceu. Tinha-me esquecido de mim. Ups, ... estranho.
Em época de paz, amor e essas coisas melosas, gostaria de deixar aqui um especial-agradecimento para todos os que me deram boas energias, ouviram as minhas lamúrias, me tranquilizaram com o olhar, abanaram-me com as suas palavras, abraçaram-me com força e amizade e me deixaram chorar nos seus ombros calmantes.
Hoje a minha vida não é um continuum de felicidade mas tenho momentos tão graciosos que me sinto a flutuar e se quiserem saber a razão particular, esta não existe. É um conjunto de coisas nenhumas que me deixam contente. Não percebo tudo o que sinto e não consigo encontrar as palavras certas, mas o que posso dizer é que estou cool, nice, fixe e coisas estupidamente simples e boas...

dimanche, décembre 18, 2005

Falha desconhecida origina desorganização estética

... a minha apresentação inicial caíu para o final do blog. O que se terá passado? Acho que não fiz nada de novo quando coloquei o último post. Alguém percebe alguma coisa disto? Quero entrar na espera e ver logo o "about me", "links", "previous posts" e "archives", mas tudo isso só surge mesmo no fim do blog... e fica tão feio e despropositado...
Help! Acudam!

samedi, décembre 17, 2005

Couve roxa no lugar do coração de Anne Marie permite a continuidade deste blog...


Resumo do mais importante do dia:

- Anne Marie compra uma couve roxa, bonita, fresca, a pilhas duracel e coloca-a no local onde antes habitava o coração (o seu corpo ainda não a rejeitou porque considera que, muitas vezes, Anne Marie é um vegetal);

- Tradicional lanche de Natal na mansão de KCM. Muito bom! Amigos, risos, novas pessoas - a maioria muito pequenina, troca de prendas e promessas de reencontros...
(é engraçado, há pessoas que mesmo estando tempos sem aparecer, fazem sempre parte da nossa vida. É com elas que queremos estar, partilhar esperas, rir e chorar, chorar de tanto rir e rir de tanto que se chorou. Por isso, um brinde aos bons amigos!!!)

- No final da noite - “Shopgirl – Uma Rapariga Cheia de Sonhos” (fui contrariada... mas gostei imenso! Uma boa surpresa para quem estava à espera de um filme de fácil digestão e rápido esquecimento...e é sempre um prazer ficar na conversa com a boa amiga C. do sumo de laranjita no bolito)

- Couve roxa ou coração, dedos em recuperação, Anne Marie decide continuar a sua espera, apesar de já nem saber o que espera esperar...

Ontem adormeci indefinida

Não percebia o que sentia, não conseguia elaborar o que experimentava. Sentimentos ambivalentes e posturas opostas.
Riscar e apagar o meu delírio ou conservá-lo em formol até melhores dias?
Será assim tão absurdo desejar, sonhar e sentir uma fantasia?
Acho que o grande problema é que preciso que ressuscitem o meu coração. Ele parou de mansinho até deixar de existir, perdeu a energia, apagou-se e foi substituído por alguma coisa que ingeri, provavelmente uma bolacha-sortido-húngaro em forma cardíaca.
Neste momento não posso esperar porque acho que não pode acontecer...
Chegámos a um impasse... a fabulosa espera está moribunda e precisa de um transplante urgente... fina-se?

vendredi, décembre 16, 2005

Última informação sobre a minha Espera...

Depois de consultar uma revista-assumidamente-pastilha elástica-cor-de-rosa-fashion, percebi que tinha mais um segundo de espera antes do anaço! Porquê? ... bem, não li, mas acredito que sim...
Deste modo, à fabulosa espera é adicionado mais um promissor segundo... ui!!!...não é que deixe de esperar em 2006, mas prometi a mim mesma que, a partir desse ano, voltaria tomar decisões importantes. O primeiro semestre de 2005 levou-me a tantas escolhas que gastei todo o meu poder de decisão. Assim, só em Janeiro é que vou reactivar esta capacidade adormecida. Até lá, vivo como uma marie vai com as outras!

Ana e o Rei

Não sei quem concebeu as manhãs brilhantes, laranjas e ofuscantes, mas quem foi, terá, com toda a certeza, um lugar no céu...
Nesta minha espera activa procuro um local mais espiritual para permanecer em silêncio e pacificar-me. Um sítio em que a solitude seja um prazer e não uma falha de alternativas reais. Se calhar, em esperando, torno-me crente e fico boa. Talvez um dia me sinta santa - a Santa Anne Marie de Lisboa City.

... e agora citando o Rei*:
Ai, flores, ai, flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado?
Ai, Deus, e u é?


* D. Dinis, o rei poeta do pinhal de Leiria, casado com uma verdadeira santa, a das saias de pão de rosa...

jeudi, décembre 15, 2005

O meu umbigo falou-me...

... com as palavras de António Botto:

Conversando a sós contigo,
Desfruto o prazer imenso
De não pensar no que digo
E de dizer o que penso

E mais uma vez
Afirmo
Sem receio de que seja desmentido:
- A maior felicidade
É ser-se compreendido!

... o meu umbigo adora poesia!

And now for something completely different: almoço de perdição

Hoje perdi-me dum almoço. Tinha combinado com a minha fã n.º 1 almoçar algures em Lisboa, mas desencontrámo-nos. Ficámos quase uma hora a temer pela sorte da outra e/ou amaldiçoar a sua cabeça de alho-xoxice (Edite, como se escreve?) e sem possibilidade de comunicar por ausência de telefone da optimus (buh!)... enfim.
Esta telenovela envolveu mais dois amigos meus (o urso da Natura não é pessoa e não tem e-mail, logo, não conta!) que trabalham com a minha amiga. Eles não se conhecem bem mas tiveram de falar todos hoje. E porquê? Porque eu sou "nervosinha" e achava que a Kris estava presa num elevador ou something... mas afinal, não. Apenas um desencontro... Uf!
No entanto, percebi que até me dá gozo controlar partes separadas da Humanidade (ou eu não vivesse a megalomania esta semana) e por isso combinei novo almoço para a semana, com todos os actores deste folhetim. Será que nos encontramos??? Vou esperar para ver, mas aposto que sim!

O título do post anterior anterior pode ser também o do anterior post

...

Um post difícil que foi ultrapassado pelo anterior...

...porque aconteceu ontem um desabafo que me perturbou e não me deixou dormir. E não foram as malditas finanças. Um desabafo de tristeza sobre uma situação estupidamente má, um desabafo sobre pessoas feias. E eu fico com os cabelos partidos e o coração em desalinho quando sinto a injústiça a ganhar pontos ao bom da vida. Mas no final sei quem vai ganhar. Acredito que vai ficar tudo bem, está bem?

Madrugada de lágrimas

O Homem-pedra é tão pouco que se confunde com as paredes das finanças. A sua boca inexistente emite um burburinho que deduzo tratar-se de língua portuguesa. Olho com interrogações para ele... "mas o outro senhor não me tinha dito isso..."
O Homem-pedra dirige-se em movimento estanque ao colega. Trocam palavras de desacordo e por se sentirem opostos, unem-se e resolvem-me o problema... por hoje. Amanhã será sempre uma incógnita, na história interminável da repartição de finanças...

mercredi, décembre 14, 2005

Não vou conseguir resistir mais tempo...

Tenho de comunicar que, dentro de momentos, vão começar a ler citações. Tenho andado a procurar algumas coisas e tenho descoberto maravilhas. Serei um cliché! Mas não me importo! Antes cliché que um clister! (ups... vou dormir)

Porque é que temos medo da burocracia?

Porque ela tem o esmagador peso do absurdo.
Numa repartição de finanças, o tempo é relativo, os segundos passam apenas se quiserem passar, um dia estica as suas horas e multiplica-as por cinco. Os minutos variam entre os 200 e os 400 segundos... um tempo diferente e perdido no próprio tempo.
Eu confesso: tenho medo das finanças e do pessoal do IVA. Falam-me em aramaico, pedem documentos em chinês e obrigam-me, em micro-segundos, a trabalhar as minhas emoções primárias. Pergunto-me sempre se não devo tomar um calmante, um bagaço, um laxante, ou qualquer substância externa que me ajude a manter a sanidade mental e o decoro interno... desabafo hoje, porque amanhã vou às finanças, ao romper da aurora e da minha ansiedade.
Espero surpreender-me e trazer-vos uma história de amor!!! ou pelo menos sair de lá ainda Anne Marie...

Virtual ou virtuosa?

Às vezes gostava apenas de existir enquanto produto do que escrevo e não ter de me ocupar em viver, habitar numa dimensão oculta, protegida de todos os males do Universo, não ter de ser gentil e simpática para quem se cruza comigo... ou ser uma verdadeira bitch auto-centrada... mas, por outro lado, não gostava de me tornar amarga e cínica. Preferia ser virtuosa e boa para a Humanidade e em troca, era intensiva, contínua e estupidamente feliz!!!

mardi, décembre 13, 2005

Anne Marie atacada por "maleitas griposis"

O corpo de Anne Marie rendeu-se às evidências e após dias de alerta, com dores de garganta e arrepios, apanha gripe (não das aves, suponho). Fica em casa com comprimidos, chás e cobertores, a viver a sua triste sorte.
Pelo menos já recuperou os seus dedos da mão! Felizmente ainda estavam na garantia...

lundi, décembre 12, 2005

2006: o anaço!!!

Boa noite! Continuo a escrever através da mente porque a OK-novos dedos só efectua serviços em horário nine-to-five.. enfim...
Após o processo de reorganização da memória, já me lembrei do que queria escrever. É que tenho uma desconfiança (e o Mestre X. também) que 2006 não vai ser um ano, vai ser um anaço! ...
Provavelmente vai ser o primeiro "ano" de realidades paralelas, em que numa dimensão se vive bem e feliz e noutra estupidamente ainda melhor e mais feliz.
A explicação deste fenómeno deve-se ao facto da Lua se encontrar em boa forma, agradada e pacificada e ter esquecido o seu noivado com Saturno (anéis, promessas e no dia da boda, fuga para a frente*).
Fala-se muito de outra situação, uma singela e amarela estrela cadente, que um dia passou pela Lua muito depressa, de repente, mirou-a e voltou atrás para lhe dar um beijo urgente.
Não se lembram que houve dias de Verão em que a Lua estava ruborizada?
Devido a estas condições meta-planetárias, 2006 vai ser um anaço e na Primavera vão chover flores azuis às pintinhas laranjas... a cheirar a goiaba, claro! Esperem só!!!

* está provado, em todos os manuais científicos importantes, que Saturno se encontrava, até 93 a.c., imediatamente a seguir à Terra e imediatamente antes de Marte. Imediatamente depois da Lua ter andado atrás dos seus coelhos de estimação, Saturno rebola-se em hula-hula até ao local ocupado actualmente. Alguns dos anéis que tem são apenas produto da sua imaginação perturbada.

Notícia de última hora: frio congela extremidades de Anne Marie...

...e os seus dedos quebram-se em mil pedaços!
Drama! Como pode ela comunicar agora com o mundo?
Para não defraudar as expectativas do universo (ou da sua fã n.º 1) e para colmatar a sua triste nova deficiência, Anne Marie desenvolve um processo catatónico que a leva a emitir uma energia espiritual, quase mágica (não confundir com outro tipo de emissões). Assim, Anne Marie ordena à sua mente que escreva e ... oh, milagre de Natal! ... as letras vão surgindo!!! É um acto sublime e metafísico, a rapariga a projectar e as palavras a surgirem. É Maravilhoso!
...com tanta transcendência, Anne Marie faz um reset acidental na memória a curto prazo e esquece-se porque está a escrever...
ui... a mente ocupada a escrever e sem espaço para pensar... no entanto, ainda com algum discernimento, Anne Marie resolve desfragmentar o seu disco. Vai também beber chá por uma palhinha (que derrete)... quem sabe, ainda regressa hoje...

Trabalho, trabalhinho, trabalhão!

Undó-li-tá-cara-de-amen-doa-um-segredo-colorido-quem está-livre-livre-es-ta-rá!
Oh, não! Perdi!... Sou eu que vou trabalhar... as formigas rebolam-se a rir e batem palmas de felicidade. Eu vou para o trabalho frio e elas tomam conta do meu lar congelado...
- Portem-se bem! Façam sopa de cenoura e beterraba!
- ihihiih... com acúcar e biokill (diz a mais engraçadinha)

Para recuperar da minha triste sina, vou a pé para o work. O vento frio e o sol matinal são bons para a estimulação cognitiva e eu vou mesmo ter de puxar pelos neurónios... depois destes dias em paz, a vida real chama-me... é preciso trabalhar para pagar as contas mundanas
... que pensamento tão maduro!

dimanche, décembre 11, 2005

Domingo em casa

Bom dia a todos!
Anne Marie em processo zen de purificação, uvas, chá verde e sopa (porque é quente e estou meia engripada). Já li uns documentos chatos, de trabalho, não me apetece passar os meus textos da escrita para o computador, ... bem, hoje não me apetece fazer nada. Tenho saudades de um bom zapping por 50 canais. Acho que vou ligar a televisão e bater na antena para tentar apanhar pelo menos um mísero canal em condições... o meu dvd também morreu e o seu substituto ainda repousa como presente de Natal em casa dos meus pais. Quando chegar aqui não lhe vou dar tréguas... sim, sessões contínuas de filmes para recuperar o tempo perdido...
Amanhã vou comprar cortinas para a casa, tem de ser. Oiço as janelas a comentarem que se sentem despidas e começam a ter reumatismo. Vou também pensar em arranjar um aquecedor, não só pelo protesto das formigas mas também porque a família e amigos se queixam que vivo num congelador...

samedi, décembre 10, 2005

A febre de Sábado à noite

A tarde amanheceu bem, acordei e comi cereais. Fui para a net e escrevi a missiva anterior (ou escrevi ontem?)... tomei um belo duche, lavei e estendi roupa como boa dona-de-casa... e fui ao cinema. Desta vez com duas amigas ver "O Exorcismo de Emily Rose". Gostei bastante, mas pelo sim, pelo não, hoje vou ficar acordada até às 3.01 h da manhã, para não correr o risco de acordar às 3.00h... a tal hora spooky...
Depois fui a outra prova de vinhos. Os Goliardos, para além de terem fantásticos vinhos e afins, são eles os dois (3) muito bons, fabulosas almas andantes! Resultado, depois da prova ainda fomos todos a um concerto num bar ao pé do Castelo (...Cefalópodes?! sim, acho que era isso), ouvir um grupo chamado Moi Non Plus cantar Boris Vian e Serge Gainsbourg... Foi uma boa noite! Ah, e experimentei o primeiro leite com chocolate a ser servido naquele bar. Good, mesmo bom, com uma tosta maravilha a acompanhar a música... Pitéu cinestésico dos deuses esfomeados! Viva a gula na e da espera!
Já em casa, acho agora que estou a ficar doente. Dói-me a garganta e estou cheia de calor, apesar das formigas andarem de gorro e terem escrito com os seus corpos organizados "compra um aquecedor!"...
Está-se-me-le a entrar a febre tal qual uma possessão demoníaca, mas em gripe. Vou beber chá!!! Espero não ter de ser exorcizada à bruta... (?!)... ups, vou-me embora... e já agora, é exorcizada ou exorcisada? Edite, pode-me ajudar, por favor?

Mais perto da morte...

(ups, muito dramático!)... mas apenas porque ontem vi outro filme dos que se devem ver antes de morrer - Aurora/ Sunrise - A Song of Two Humans (FW Murnau, 1927). O filme é muito bom, uma história simples, bela e moralista, muito melodramática! É claro, preto e branco e mudo, mas encantador nos seus "efeitos especiais" e com um humor peculiar, muito ingénuo.
Estava a ler no meu livro dos 1001 filmes..., o que podia escrever aqui, em toque de cultura geral, mas o meu blog é essencialmente sensorial e por isso, o que vos digo é para irem também ver o filme. No Nimas, um cinema com outras histórias...

vendredi, décembre 09, 2005

Manhã desiste de competição!

As minhas manhãs apresentaram, mal acordei, um pedido de anulação de prova e preferem retirar-se para treinos em quarto fechado até voltar ao trabalho. Achei justo e só tive de reunir extraordinariamente com a tarde para propôr esta mudança. A tarde sorriu e assentiu. Assim, até segunda feira, o meu dia produtivo e agido vai registar-se apenas ao nível das tardes e noites.
Quando souberam desta decisão, as gentes minhas amigas correram para a fila e começaram a tentar pontuar no score de fim-de-semana. Assim, temos até ao momento, 2 idas ao cinema e nova prova de vinhos! Estão ainda abertas as inscrições para programa de Sábado à noite, de preferência sem álcool, pois é bom, mas engorda.
Domingo será interdito ao social, já que vou estar em processo zen de desintoxicação, com uvas e chá verde. Apesar de não me apetecer, também tenho de preparar trabalho para 2.ª feira...

Vinhos, música, conversas e conversas

Pontuação do dia:
Até às 16 horas - 0 points,
Depois das 16 horas - 20 points!
Classificação final:
Tudo aponta para uma esmagadora vitória da tarde-noite vs a manhã-hora do almoço. A manhã começou, como já sabemos, com um ligeiro atraso em relação aos restantes dias, não tendo conseguido recuperar a desvantagem até ao fim da hora do almoço. Mas a tarde foi iniciada com a gratidão de um duche muito quente e, movida pelo desejo das próximas horas, arranjou-se com prontidão, saiu à rua e foi ao encontro de provas. Mal chegou, Anne Marie foi recebida pela sua amiga S. e por champanhe muito bom, tendo continuado com vinhos muito complexos e surpreendentes.
Quase ousando deslocar-se para o Rossio em passos de canguru, AM (utilizo hoje a sigla em homenagem ao espírito de camaradagem presente na competição de partes do dia) encontra-se com sua amiga C. com quem vai a correr apanhar o eléctrico para o brilhante concerto da Marta Hugon (uma voz fabulosa para encantar uma espera). Bom, muito bom, mas o estômago revolto emite informação ao cérebro congelado pelo frio de Anne Marie e após um processo de decisão facílimo, C. e AM decidem ir comer tostas de frango maravilha para o Bairro Alto. Mais conversas sobre a vida, sobre as esperas e os desejos, sobre momentos que podiam ter sido de outra forma ou não, sobre amores e paixões que nos tornaram o que somos hoje (alerta: cliché, cliché)...enfim... conversas de raparigas (meninas já não, senhoras é dramático!).
Anne Marie termina a sua noite a teclar, trocando palavras por entre oceanos e espaços extra-terrestres. Cansada, mas satisfeita, vai dormir! Se todas as esperas forem assim, Anne Marie prefere abandonar-se a um destino esperançado.
Dia de espera de qualidade com o bónus das surpresas e dos pequenos gestos que mimam o seu coração. Feliz, retira as luvas de pele e desliga o computador, desta vez também ele feliz por estar em cima de uma mesa e não na cama com a rapariga (...o que um computador se sujeita, perante uma louca do teclado!, pensa ele... e... como sou um ser pérfido, castigo-o e ameaço-o que vai ficar ligado a noite toda. Ele, já a perder a intensidade, argumenta que assim não descansa e amanhã não funciona bem... Está bem, computador, vou-te desligar agora, mas não sejas parvo, senão eu compro-te um rato foleiro...)
o k, serei uma boa máquina para ti!
(bem, juro-vos que não fui eu a escrever isto)

jeudi, décembre 08, 2005

Feliz feriado para quem o tem!

... melhor dia ainda para os que não têm esse descanso, mesmo sendo portugueses, ou seja, os meus amigos e brother emigrantes!!!
Hoje acordei tardíssimo. Tinha tanta coisa para fazer como dona-de-casa, que não fiz nada... Molenguei a tarde toda, perdida num blog fantasticamente parvo, respondendo aos mails dos amigos... Assim, aqui estou eu a tentar compensar a minha lentidão feriadeira a fazer 3 coisas ao mesmo tempo: comer uma sopa (não se vai para uma prova etílica de estômago vazio), pintar as unhas (a desculpa, porque não vou roer as mãos) e a teclar. Espero não ter qualquer azar de entornar comida no teclado. Garanto-vos que é um drama.
Bem, vou ficar por aqui agora, depois voltarei. Esperem agora vocês!

mercredi, décembre 07, 2005

No silêncio da noite

...as emoções tornam-se físicas, ocupam o coração, a pele, os dedos. O teclar acompanha o sentimento ansioso, alegre, surpreso e esperançado.
A certeza que o presente aquece e conforta. O desejo que o futuro aconteça bem.
São momentos de espera mui posi-activa!
Vou dormir feliz!



Mudança de planos

Oh, afinal não tenho massagem. A fantástica L. está doente...
Mas é engraçado, quando decidi que ia à prova e ao concerto, mesmo sozinha, a companhia chegou pelo meu perturbado nokia. Viva!

Sol de mel e a rapariga auto-centrada

...em tempos de recuperação de um problema do coração é importante o mimo e as festinhas dos outros. Os momentos-dias (porque cada dia pode ser uma experiência diferente) que se seguem a uma mudança de vida, são lentos. Aí desesperamos quando perdemos o sentido da espera. Porque a espera é "pause" no dvd, enquanto vamos buscar um copo de água para depois continuarmos a ver o filme, sem sede, mais agradados. No meu tempo de pause, que uma amiga chamou sol de mel, estou a fortalecer-me com os outros, aproveitar pequenas coisas... E hoje há massagem! Uma bela revolução no meu corpo que toca também a alma ainda frágil... por isso, talvez decida o que faço amanhã, só amanhã. Hoje já tenho uma espera-boa na minha cabeça. Amanhã, penso, hoje, sinto!

Indecisões de feriado...

O que faz sentido? Ir só a um acontecimento ou dois, não ir a nenhum, procurar quem queira ir também ou simplesmente ficar o dia a teclar e a ter pensamentos circulares sobre a vida?
Fico um pouco apreensiva quando me propõem programas que seriam mais felizes se fosse acompanhada, mas que sozinha também poderão ser bons, se forem um objectivo e não um meio para outra qualquer coisa... Assim, devo ir a uma prova de vinhos alone, o que de certa forma é patético, ou devo encontrar um alguém que me acompanhe, um/a amigo/a avulso que não me dê trabalho para introduzir no assunto? E ir a um concerto, será melhor ou pior?
É engraçado, estive tanto tempo acompanhada que a descoberta de estar só é ambígua, pois é brilhante e fantástica e por outro lado, ... desconfortável.
... porque a felicidade dos outros é mui bela e amorosa, mas o facto dos meus amigos estarem todos a part-time e eu ser uma plausível segunda escolha deixa-me blue... (não quero ofender os amigos mais próximos a quem ando a sugar energia, mas a realidade é muito simples, ou não fosse o meu último gesto nocturno o desligar do portátil...)

mardi, décembre 06, 2005

Vim agora de uma aula...

...mas não sou estudante. Procuro aulas que possam exercitar a minha espera descomprometida. Assim, divirto-me e escrevo naquele momento semanal ideias de puro gozo criativo. Não é que crie muito, mas quero criar oportunidades para a minha imaginação voar...

É uma espera boa, a que antecede a aula. Uma sensação gulosa de me ir surpreender e rir de coisas que nunca pensei...e depois a aula, um prazer!

Se estiverem a viver um período de espera, não esperem que ele passe passivo, activem-no e reutilizem-no. Não o tomem como momento de nada, gozem-no. Tantas fabulosas esperas acontecem quando estamos online na vida...

(Bem, acho que vou escrever alguma coisa mais no meu perfil. É pretencioso falar por meias palavras ou fora de um contexto...e se há uma coisa que eu não sou é arrogante... às vezes...)

Zelig das emoções

Fico triste quando sinto as pessoas de quem eu gosto tristes. É uma espécie de Zelig, um filme do Woody Allen em que havia um senhor de personalidade frágil - Zelig - que se tornava igual às pessoas com quem estava. Ele queria adaptar-se ao outro... Eu nem sei o que quero... Quero que as mágoas e as tristezas fortaleçam os meus amigos. Porque outros bons sentimentos virão.
Enquanto não, espero poder contagiá-los com a ideia de espera posi-activa. Fazer acontecer coisas boas!

lundi, décembre 05, 2005

A arte de esperar bem

Vou pesquisar a espera. Esperem um pouco, por favor.
Ora bem...uma palavra que contém a espera é...desesperada...(deprimente)...
As melhores coisas da vida fazem-se esperar (in chocolates do Ambrósio) – sim, gosto!
Quem espera, desespera e quem espera sempre alcança! (ditados populares onda "yin-yang")
Só espera quem acha que pode acontecer (in Wasteband) – a minha favorita!
... são apenas alguns diferentes modos de olhar a espera.
Mas para mim, este blog é uma forma de viver a espera positiva, construir bons momentos-entre, a tentativa de tornar brilhante o impasse e os meses de solitude...
Aqui começa o meu percurso de espera posi-activa, neste belo dia de Inverno, em horas em que o sol já ressona e as estrelas acordam para o turno nocturno.

Boas esperas boas!

Início - Take II

Retomando...
Experiência: 1,2,3... Será que está alguém desse lado?
Ainda não percebo nada de blogs e afins, mas sei que me vou tornar uma expert...
Experiência: 4,5,6...
O que fará sentido dizer agora?
... De repente sinto-me tímida...
Espera de quê, porquê, de quem?...
Lamento, isso eu não vou partilhar (os desejos não se contam, sonham-se), mas prometo que o que vão ler está muito para além de uma recambolesca telenovela mexicana. Sem dobragens manhosas e apenas com os upgrades emocionais sobre a minha memória... ou resultantes dos pensamentos que habitam na imaginação...
Tudo deturpado por mim, ficção da minha realidade.
(Bem, comecei há pedacinho e já estou com bullshit)... mas adiante, vou explorar outras partes do blog.
Obrigada aos que não desistiram já... (tu aí, acorda, estás a babar o teclado)

No início era o caos...

... e agora é a angústia de não saber como começar... supostamente eloquente e brilhante para cativar leitores... porque um blog, para além de ser um trabalho de pesquisa individual, é um espaço de vaidade... senão escrevia apenas no meu computador, just for myself...