Nota telegráfica:
Estou adorando estar no Funchal - stop - mesmo com dilúvios e humidade desesperante - stop - a formação corre bem - stop - os formandos são bons - stop - os formadores também ;) stop.
Nota emocional:
A Madeira tem um significado particular para mim, já que os genes paternos vêm desta ilha. A minha metade madeirense anda feliz e contente, atenta e curiosa...!
Hoje jantei com os meus tios e, antes de me deixarem novamente no hotel com nome de flor, levaram-me à rua onde outrora viveram, com o meu pai, tia e avós.
Confesso que senti um arrepio de história ao passar pelo número 30 e alguma nostalgia fantasiada, já que as recordações de infância são muitas vezes uma construção posterior da memória, repleta de imaginação e subjectividades.
As imagens que guardo são ténues, fragmentadas. Mas têm cor, calor e sorrisos. Lembro-me de escadas imensas em casa dos meus avós, de uma cozinha grande e caixas de hermesetas pequenas e azuis. Uma sala onde o meu avô dava aulas, creio... a mota do meu tio, um carro laranja (ou vermelho?), sopa com azeitonas, a "lapinha" (o presépio!?!), muitos primos, os avós tranquilos, jardins e verdes, as mesmas pedras redondas que preenchem as ruas... o gerúndio, o branco e basalto, o traje e o sotaque...
É engraçado estar no lugar de tantas vivências, no palco de pormenores e pormaiores da história da minha família!