Brrrrr.... atchim!

Nevou em Lisboa e eu congelei. Sem luvas, sem gorro, com o nariz e as orelhas geladas, com um guarda-chuva que não dignifica os seus congéneres, apanhei um frio imenso. Como estava a falar, os flocos entraram em mim e congelaram os pulmões. Asma... tosse... espirros... coitadinha da maleitosa!
Fui visitar a minha avó, no seu quarto assustadoramente quente e protegido. Fiquei contente, pareceu-me bem. Sossegou-me a consciência culpada. Para a semana tenho de lhe levar as "Elle", "Máxima" e suas irmãs igualmente fúteis... ela ficará happy com literatura light e fashion. É meu dever de neta!
Cheguei agora ao meu palácio e constatei que não está particularmente frio, não me sinto mal aqui... nada que um chá verde, uma manta e mais dvds não descongelem a fria Anne Marie.

Pre gui ci te... instala-se no Palácio de Anne Marie

... podia ser um príncipe encantado, mas não. Foi mesmo a preguiça-estado de alma, não o bicho engraçado. E é terrível, trocou as horas ao despertador (quem é que põe despertador ao Domingo?), acordei tarde. Prendeu-me o rabo à cama, fiquei mais de meia hora para me tentar levantar. Agarrou-me nas pernas enquanto eu fazia café, para tropeçar a abdicar do líquido que me move, mas eu comecei a cantar músicas dengosas e ela distraíu-se. Fiz então 1 litro de café que agora bebo e rio-me da preguiça, que adormeceu com lullabys, mesmo no cantinho da cozinha. Está mesmo frio. Será que se constipa? Como será a preguiça ranhosa? Ups, tive uma visão inestética... vou acordá-la e levá-la para o sofá vermelho e envolvê-la numa camisola polar... sim, porque a preguiça mói mas é muito pequenina fisicamente. E também é meia transparente. Eu sei que ela dorme na cozinha porque oiço o seu ressonar. Esse é bem potente. Dir-se-ia que ensaia um concerto com o Mr. Vento, que hoje despertou cheio de energia... Bem, tenho de ir tomar banho. Um duche frio é o que apetece! ... ou não.

Sábado sem pensar

Hoje não me apetecia pensar. Fui para as compras de futilidades e apanhei chuva. Dia inútil. Dia tão frio que me congelou o encéfalo... bem, pensando bem (ou não pensando), perfeito, quando tenho tanto para pensar e disponibilidade interior ... zero... Agora estou a escrever no meio de uma passagem do primeiro para o segundo episódio da terceira série maravilha... tenho de ser rápida a teclar. Estou preguiçosa também... só me apetece devorar chocolate e os dvds... felizmente não tenho chocolates em casa!

Prazer na Liberdade e saudades infinitas

É a mistura explosiva de hoje!
E ainda não acredito na minha sorte de ter 4 séries do "Sexo e a Cidade" para rever no fim de semana! Viva a Catarina!

Beijos para todos, protejam-se do frio e divirtam-se, especialmente quem vai fazer belas viagens!!!

O Abóbora e a liberdade...

Estou a falar com o meu amigo Abóbora, que diz que tudo o que deseja na vida é não sentir e não desejar porque quando deixar de desejar, é livre.

E eu pergunto-lhe: o contrário de ser livre é estar preso?

E ele: sim

E eu: então eu quero a prisão perpétua!

Encerrar um capítulo...

... importante da minha vida. Integrar este estado de procura e liberdade. E pensar que um dia, possivelmente... mas sem ansiedades, poderei deixar fluir uma potencial amizade com P.

Apesar de não teres o endereço do blog, estas palavras (com um beijo) são para ti:

"A separação pode ser o acto de absoluta e radical união, a ligação para a eternidade de dois seres que um dia se amaram demasiado para poderem amar-se de outra maneira, pequena e mansa, quase vegetal".
(Inês Pedrosa)

Há vida depois do sexo e a cidade...

Hoje tenho lanche de amigas!

Sexo e a Cidade

... ainda estou em choque, mas acho que ontem vi o último episódio. Nunca tinha visto e pensava que era um mito urbano. Como é que esta série podia terminar? O vazio instalou-se... e agora? Este episódio de fim de ciclo foi bonito, no sentido da estabilidade emocional de todas as giras... ligeiramente... demasiado cor-de-rosa. Mas confesso que fiquei com uma lágrima no canto do olho, porque também eu sou uma pirosa... E agora? ... agora, olha...

To feel, or not to feel...

...that is the question...

Greve de Afectos

Entrei em burnout emocional e não quero sentir nada. E também não quero falar sobre isso (a não ser no local devido, hoje, à 1 p.m.).

O meu corpo pediu-me...

... para ir para a América e a cabeça respondeu: a tua vida é aqui!
Nem eles estão em sintonia. Como é que posso eu não estar confusa?!?

Só oiço gatos...

... com cio.

Isto é alguma piada?

Deixem-me dormir em paz!!!

Sobre a espera...

A espera feliz implica aceitar propostas sem pensar. E ontem diverti-me e conheci pessoas engraçadas, com o meu amigo J. Ele está a aprender uma coisa como eu: saber estar bem, só.
Estar com uma pessoa que consegue estar bem sozinha é bom. Não me passa pela cabeça estar com alguém que não consegue lidar com a sua solitude. Se a pessoa se conhece desde sempre e não consegue ficar só, porque é que eu hei-de ficar a sós com essa pessoa?
Por isso é que me sinto atraída por pessoas fortemente sós... mesmo não gostando, sabem viver bem como estão. Eu, quando for grande, também quero ser assim!

Um dia de pormenores parvos...

- Acordei depois das 3 p.m. e percebi que tinha estado sol e bom tempo. Podia ter ido almoçar ao jardim zoológico com a sister e her happy family, mas adormeci. E dormi, dormi, dormi... *

- Lembrei-me que devo ter um edredon-cadáver no porta bagagens, já há uma semana. O edredon suicida engordou com a medicação e não cabe na máquina de lavar roupa. Infelizmente esqueci-me dele no carro. Coitadinho... não o vou levar à lavandaria hoje porque acordei há pouco e já me vou deitar. Dia rápido!!!

- Finalmente atingi que, se fechar a porta do meu quarto, este conserva o calor e fica mais quente.

- Quando me levantei, após 10 horas de sono, fui à casa-de-banho e olhei para o espelho. Tive um pensamento imbecil e achei que devia ter franja. Cortei-a. Senti-me adolescente e tonta e pus creme anti-rugas e anti-olheiras para amadurecer.

*Nota de clarificação: o facto de referir encontro com irmã no zoo não significa que a estou a tratar como fauna. Amo-a, mais a linda família!!!

Esquerda Baixa

"Pela Esquerda Baixa
Sai-se no teatro
Entra-se na vida.
Adeus, amigos
Eu estou de saída"
Mário Contumélias

... porque ontem falei com a Antónia, tive notícias da Sara, vi a Anabela e a Teresa e falei com a sister...

Recordações Boas!!!

Projecto de Execução (Mala Voadora)

O que é que se pode dizer de uma peça de teatro que nos surpreende bem quando já tínhamos a convicção que seria brilhante? ... e assim foi! A beleza da complexidade das coisas simples e das ideias geniais! E o prazer de rever as amigas teatreiras, elegantes, airosas e mesmo muito à frente, ó pá. Ah! Uma peça sensorial que nos estimula até o palato! Parabéns às pessoas que nos fazem sonhar ainda mais! Projecto de Execução Mala Voadora Jorge Andrade, autoria; Anabela Almeida, Cláudia Gaiolas e Teresa Ferreira, interpretação. De 2006/01/04 até 2006/01/21 - Qua a Sáb: 21h30 Peça que se desenvolve em torno de três amigas, todas actrizes, que se encontram para preparar um jantar. Informações Úteis: Preço dos bilhetes: 6,00 € 50 min (é pena, podia ser mais!!!) Endereço: Rua de O Século, 9 - Porta 5 Telefone: 213 430 205

Anarquia...

"do Gr. an, privação + arché, chefe, poder

s. f.,
falta de governo ou de chefe;
estrutura social em que não há tutela governamental;
acracia;
confusão;
desordem;
desorganização."


"Eu sou a favor da confusão... e da falta de chefes"

Leite em pó

... comprei leite em pó Molico porque dá para muitas semanas e pesa menos que o leite líquido... será estupidez?

Reflexões laborais...

Era uma vez um departamento que já não me encanta.
A maioria das pessoas é bonita. Acredita em alguma coisa, acho eu. Pode ser no trabalho, pode ser em si mesmas, pode ser na parca estabilidade que este instituto nos oferece.
Nunca acreditei que podia estagnar na minha vida. E bloqueei pessoalmente até ter de agitar, cambalhotar e mudar a minha vida pessoal. Só a pessoal. E agora vivo mais contente, organizo-me e descubro novas potencialidades...
Está na altura de agitar também a minha vida profissional... para o bem e para o mal. Tenho andado a construir hipóteses alternativas. Vou ter de perder o medo e começar a testá-las...

(...)

Passaram-se 2 horas de reunião e eu estou confusa. Será que vale a pena dar segundas oportunidades a um instituto público?

Resquícios de jantar

O que fica de um magnífico jantar? "Um tipo loiro e careca, horrível", explica a Caty. "Viva o passarinho verde", diz-nos o sorriso da Filipa. 4 caixas de trois-trois para a minha barriguinha, alegra-se o Frigo de Anne Marie. "Não acredito que a Carrie tenha ido para Paris", comenta, desiludida, Anne Marie. "Sinto-me como se estivesse numa cena de um filme catástrofe", conta a Caty, roxa, a bater os dentes, enrolada em dois cobertores, "viram aquele filme em que há neve até à Estátua da Liberdade? Sinto-me na cena da biblioteca". "Bzzbzzbzzzbzzzbzzzzzzz", gritam todos os telemóveis. "Blablablabla", repetem as paredes-papagaio, contentes com a animação que receberam. "Grande internet. Até se leva para a cama", riem-se as amigas. Muito bom! Muito fixe! ... e espero que a pequena Marta esteja melhor! Beijinhos, Kris!!!

Crítica Gourmet...

Retirei este comentário da coluna de Crítica Gourmet do Diário de Notícias de 18.01.1906, onde recomendavam um belo restaurante «Chez Anne Marie» onde a especialidade da casa era Trois Trois... «Chez Anne Marie é um belo restaurante intimista e com uma excelente carta de vinhos! O ambiente é seleccionado mas agradável e descontraído. Um óptimo espaço para juntar os amigos e ter conversas interessantes longe de ouvidos indiscretos. Trois Trois demonstra originalidade, criatividade e apela à imaginação... a mistura indescriminada de diferentes tipos de massas... vegetais e até frutas... faz-nos viajar pelos diferentes continentes de sabores. Realmente o número 3 sempre foi mágico! Neste princípio de século, este concerteza será um espaço a fixar que irá influênciar as tendências desta nova era!»

100 anos depois... só alguém formado pela fabulosa Rosa Maria, mentora das melhores fadas do lar (Maria Barroso, Mª José Rita, entre outras) poderia replicar a receita de Trois Trois...

Anne Marie foi uma surpresa! Jantar fantástico... escolha de vinhos digna de um especialista! Fomos conversar com Chatterine e Philipa críticas internacionais, especializadas em nouvelle cuisine, que viajam pelo mundo à procura de cantinhos acolhedores e escondidos, que nos disseram:

«estava óptimo... adorei o café (que não bebi!) - diz Chatterine embrulhada em mantas... na busca pelo conforto térmico»;

«cada garfada foi uma surpresa... que massa? que vegetal? que fruta?... mas o melhor foi mesmo a conversa sobre os temas de sempre mas sempre com o entusiasmo de SEMPRE! um local a voltar e a recomendar! - diz Philipa entre uma nuvem de fumo e com um copo de vinho tinto na mão.»

Pedimos desculpa a todos os visados nas conversas que decorreram entre as 20:00 e as 23:21 que não estavam fisicamente presentes... mas acreditem a maioria dos comentários foi sobre "O Sexo e a Cidade"!!!

O melhor jantar do mundo...

... está prestes a acontecer. E vai ser com as lindas, maravilhosas, amigas do coração, inteligentes, brilhantes, enigmáticas, fabulosas, fantásticas, geniais e perfeitas: Joana, Guigui e Cat!!!!

... sim, porque eu recebo facadas e em troca, dou amor!!!!!!!

Fiquem bem, minhas queridas!

Santa Anne Marie de Lisboa

Hoje acordei...

... sem me lembrar de ter dormido. Cochilei em fast forward. Estou cansada! Vou dormir 21 minutos quando chegar a casa, antes de preparar o fantástico dinner...

Espero que as minhas amigas não tenham lido...

... os posts sobre a saga da sopa...
Convidei a Kris, a Filipa e a Caty para jantarem amanhã, no meu palácio, uma refeição confeccionada por moi même. A sopa não resultou, mas tenho outros truques na manga (uma candidata a cozinheira das cozinheiras nunca se atrapalha).
Estou indecisa, já que sei fazer três pratos: delícia de beterraba, arroz de atum e "trois-trois".
Vou explicar estas receitas:
Delícia de beterraba - puré instantâneo, 1 frasco de beterraba, 1 lata de atum. Tudo misturado. É um sucesso porque fica com uma cor muito gira e todas as pessoas perguntam: é doce ou salgado? Infelizmente nem todos têm a ousadia de experimentar...
Arroz de atum - é um clássico, não sei explicar muito bem como faço mas só posso afirmar que é o meu prato favorito! Ah, o arroz fica laranja!
"Trois-trois" - este foi plenamente inventado por mim. Resulta da eloquente escolha de 3 variedades de massa e 3 variedades de latas (milho, cenourinhas bebés, ervilhas, por exemplo). Iguaria muito apreciada pelo meu sobrinho, porque é "divertida" (sic)
Amigas, se lerem este post, podem dar a vossa opinião. Se optarem pela delícia, tenho de ir comprar o frasco da dita e o comércio tradicional fecha cedo...
Estou radiante pelo jantar. Se a parte da comida não resultar, posso encharcar-vos de bom vinho e depois também não se lembram de nada!

É proibida a vida apantufada!

Decidi hoje!... ou pelo menos foi hoje que nomeei a minha inimiga pública n.º 1 - a vida apática, cinzenta, mole, banal, submissa, indiferente... para não acordar um dia aos 80 anos e perceber que me transformei numa pessoa padronizada e que vivi uma existência pequena, tacanha e infeliz.

Ainda bem...

... que hoje não tive muito tempo para pensar na vida. Estou a sentir-me azul...

Amanhã, logo a seguir à malvada apresentação, vou passar a hora do almoço a olhar para o boneco, a suspirar, a entornar iogurte para o teclado, a ouvir música boa que toda a gente odeia, a suspirar mais, com um brilhozinho nos olhos que oscila entre a saudade, as boas recordações e os sentimentos mais infantis de falta de mimo...

Agora, neste momento, só espero que o mundo rebole mais depressa sobre si e, ... vou fechar os olhos! Quando eu abrir os olhos, já, já, já, já, espero que seja 1 p.m. do dia 17 de Janeiro...

(fecho os olhos)

(abro os olhos)

... e continuo a mastigar as minhas 6 pastilhas de mentol...

Pequeno-almoço tardio

Ontem estive a trabalhar até ao romper da aurora (aurora natureza, não uma pessoa ou um barco). Resultado, acordei já depois das 4 p.m. e agora tomo o pequeno-almoço. Iogurte, leite, cereais e café. Sorrio. Estes alimentos lembram-me organização no frigorífico. Muita variedade saudável que a amiga Rosa Maria de certo iria apreciar...

Enquanto tu dormias...

... no meio das tuas cruzes, eu pensava, ingenuamente, que podia adiantar a minha apresentação. Mas acho que estou tão preguiçosa, tão desmotivada, tão farta do meu trabalho que provavelmente o melhor será ir dormir também. Se calhar podíamos desenvolver um sonho a meia distância... o que te parece? O oceano pode é salpicar-nos o sono e acordamos em sobressalto...

Bem, chega de delírios por hoje. Vou continuar ler estas merdas. Só me deito quando acabar esta porra!

Como não fazer uma sopa

Anne Marie aconselha os leitores, caso queiram ousar criar uma sopa, a: - não encherem a maior panela azul que tenham com água; - não pensarem que o sal faz mal e acrescentarem ao balde de água uma simples pitada de sal (mesmo tendo especiarias); - não despejarem, sem pensar, uma embalagem com umas cenouras, espinafres e um pedaço de abóbora e pensarem que, por magia, tudo isto se vai transformar num delicioso creme de espinafres; - não enfiarem, num momento de pânico, latas de feijão vermelho e de cenouras e ervilhas para tornar o vosso sumo numa sopa. Qualquer efeito produzido na sua textura é ridiculamente pequeno e insignificante; - não introduzirem, noutro momento de aflição, outro conjunto de vegetais para fazer sopa, simplesmente cru. O facto do sumo ainda estar quente não leva a que estes legumes cozam como por magia; - não acreditarem que, depois de triturar com a batedeira estes últimos legumes duros e crus, estes ficam suavizados e cremosos, desaparecidos no sumo. Não, ficam a boiar, teimosos e a rirem-se da vossa incompetência; - não acreditarem no mito urbano que fazer uma sopa é fácil. Quem diz isso provavelmente droga miudas nas discotecas e rouba-lhes um rim; ... e vou comer uvas!

Anne Marie reflecte...

... sobre o título do seu penúltimo post e pensa que, perante o cenário da sua primeira sopa transformada em sumo de legumes, que será mais realista alterar vogais... ou será que couscous na sopa não a engrossam e a tornam menos transparente e líquida?

"A Cozinheira das Cozinheiras"

... foi um dos livros que comprei hoje. Gosto da introdução/ dedicatória de Rosa Maria, a autora. "Às senhoras que dirigem a vida do lar Minhas senhoras: Ao apresentar uma série de receitas da arte de cozinhar e de fazer doces, tive a preocupação de somente pôr neste livro receitas práticas, facilitando às donas de casa a direcção mais importante do "ménage", a alimentação. A saúde da família está dependente da maneira como é alimentada. É preciso não desperdiçarem a maior riqueza, a saúde, cozinhando com método, sem organização, ou usando alimentos sem valor nutritivo. A arte de comer bem, não significa comer muito, mas sim comer alimentos agradáveis ao paladar e que contenham os elementos necessários à vida. Nesta obra encontrarão um série completa de receitas de cozinhas próprias para a alimentação da família, contendo vários mapas elucidativos do valor nutritivo dos alimentos, tempo que levam a digerir, etc, etc. Completa esta obra uma parte de higiene alimentar, aconselhando os alimentos respectivamente aos artríticos, aos diabéticos, aos que sofrem do estômago, fígado, rins, etc." Fabuloso! O livro que me vai ajudar a ser uma dama das panelas! E a obra vai já na 32ª edição, o que mostra que existirão muitas donas de casa que também se sentem a cozinheira das cozinheiras... Ups... cheira a queimado! Vou investigar a minha sopa!

Anne Marie, a Fada do Lar

Hoje acordei simplesmente super mulher caseira!

Saltei da cama em pino-ponte, dei flik-flaks até à casa de banho, tomei banho e preparei-me psicologicamente para a tarefa principal do dia: ser fada do lar!!!

Tirei a capa do edredon vermelho e lindo, agarrei no edredon, estendi-o na corda da roupa, pulei com a roupa para lavar até à cozinha, falei com a máquina de lavar para esta proporcionar às minhas flores uma boa banhoca, corri à procura do aspirador. Ele veio ter comigo e fiz-lhe festinhas. Dei-lhe dois biscoitos para aspirador, comprados no colombo e ele começou a aspirar. Tudo, tudo e a chocar contra a parede e a fazer diabruras e eu a rir-me, perdida de gozo.

Em seguida fui lavar o chão da casa de banho e da cozinha com um detergente com aloé vera, que até faz bem à pele e ao organismo. Bailei com a esfregona, ficou tudo a brilhar!!!!

Deixei as janelas abertas para respirarem ar puro e saí de casa. Fui visitar a minha avó, que me recomendou fazer sopa com os legumes descascados e bem lavados. Sim, porque eu confesso que nunca fiz uma sopa na vida até... cenas do próximo episódio...

Como tinha poucos víveres em casa e quero viver bem, fui ao supermercado. Comprei mantimentos para os próximos 5 anos. Gastei quase 250 euros, o que é imenso... muito dinheiro mas comprei uma batedeira mágica para fazer sopa, livros de cozinha... enfim...

Agora escrevo enquanto tenho a minha panela azul ao lume cheia de legumes e matéria prima para a confecção da sopa. A primeira sopa de Anne Marie...

Ah, só mais um apontamento. O meu edredon tentou o suicídio e atirou-se para o quintal da minha vizinha. Fui buscá-lo a tremer de frio e esgotado. Repousa agora no meio da sala, ouve música e já bebeu um chá. Daqui a um bocado vai tomar um banho quente para não apanhar uma gripe valente...

O meu último dia de férias de 2005

Hoje acordei tarde, já passava das 3 p.m. e tudo o que tinha planeado para fazer nesta última manhã de férias, ainda do ano passado, foi dormido e ultrapassado. Tenho planos para a noite - jantar - filme - prova de vinhos, mas a tarde está em aberto. Tenho imenso trabalho para fazer e motivação mínima. Também sei que devia embelezar a minha casinha, hidratá-la, massajá-la, mas não me apetece. Estou mole e preguiçosa, ainda não tomei banho, não lavei o cabelo. Também tenho fome, e acho que isto de ter um frigorífico transparente não é muito positivo. Acabo por comer qualquer porcaria que vejo na rua, muito mais calórico e artificial. Vou ter de ir às compras. Vou presentear o meu frigo com leite, iogurtes, frutinha, ... mais? ... hum... logo vejo. Agora vou beber mais café... Quando passei pelo corredor, em direcção à cozinha, olhei para a parede e vi o horrível contador de electricidade que tem de ser alvo de um operação de estética. Ainda não tenho cortinas nas janelas e então na casa-de-banho esta situação torna-se uma tragédia-porno-dramática. E se uma dia for presa por atentado ao pudor? O meu messenger está com uma epidemia terrível, inicia e desmaia em seguida. Está muito fraquinho... eu até nem tenho posto a webcam... não percebo... vai ter de repousar. Ainda bem que tenho café, mas café no vazio provoca perturbações internas e eu não quero ficar doente. É engraçado, estou aqui na sala, sem música, a ouvir de que se queixa a minha casa, para poder ajudá-la, claro. Ela murmura-me que tem frio a partir das 6 p.m., falta-lhe calor humano, ou um aquecedor. Chama-me a atenção para a fuga das formigas, cansadas e engripadas, que abandonaram o meu r/c em busca de melhor futuro na vizinhança. E eu penso... na minha vida tudo parte, seja porque eu não anfitrio com mestria, seja porque o destino é inevitável, um destino sereno, realista e sem loucuras. E eu, quando é que vou partir? Será que um dia encontrarei energia para sair de Lisboa, abandonar o meu querido País e partir em busca de outros estados de alma? Enquanto não decido se vou tomar banho, se vou aspirar a casa, pesquiso os supermercados online... Até já, até logo, até amanhã! Boas férias!!!

Vou criar um blog alternativo

... onde possa ser má, cruel, pérfida, uma putéfia desvairada anónima... merde!

3 white beautiful girls...

... no Martim Moniz não é natural. O que é natural e fica bem é que cada um passeie nos seus antros de origem. Assim, desculpem lá não termos uma etnia divertida, mas nós queríamos mesmo comprar material para fazer o nosso belo artesanato criativo... não havia necessidade de nos apresentarem preços com trombas desde que entrámos no armazém.
Um dia vão ouvir falar dessa grande invenção "O Canto das Três" e depois quero vê-los todos a tentarem negociar connosco... não é, amigas?

Queria escrever um post eloquente...

... que conseguisse espelhar o meu estado de alma alegremente perdida em pensamentos e recordações recentes, doces sorrisos e sentires melosos... mas as palavras muitas vezes não conseguem traduzir todas as nossas emoções porque também elas são contraditórias. Neste caso, variando, em tempo relâmpago, entre as boas sensações e o vazio (ainda que opaco) de sentir a ausência física de uma pessoa-surpresa bem aparecida na fabulosa vida de Anne Marie

Post enjoativo

... é talvez um vazio no coração, uma certa melancolia, mas o facto é que desde as 7.50 horas a.m. ando a enfardar doces. Chocolates, bolos com doce de ovos, cheesecake, acúcar, açúcar, açúcar... help! Maldita gula! Gemo, tremo, estou a tentar trabalhar e só me apetece vomitar... que noja! Até estou tonta de tanta guloseima. Espero não perder os sentidos, desmaiar para cima do teclado ou cair quando me levantar e partir o nariz... e tudo porque tenho saudades e o meu corpo entrou em revolta.

Algumas palavras para a viagem...

"... E há, realmente, pessoas que nos viram do avesso, nos tiram as nuvens do olhar, e banham de sol o nosso coração. Acerca delas falamos do amor, como se fosse um sentimento... Mas não é. É uma consensualidade de sentimentos. É por isso que a tranquilidade do amor nos rebuliça e, com ela, as estrelas se insinuam onde, antes, dominava a indiferença (que nos levava a guardar o melhor do mundo... sempre para mais tarde)"

"Chega-te a mim e deixa-te estar", Eduardo Sá

... e agora já posso dizer que acredito em milagres.

Pontos finais e reticências

A passagem de 2005 para 2006 terminou com inícios... descobertas... fins...

2005 encerra-se em si mesmo como um ano muito confuso e 2006 avança com determinação, com optimismo mesmo na tristeza e na doença. Sem grandes elaborações, julgamentos, apenas com constatações básicas de quereres e novos prazeres... algumas pequenas certezas...

E eu penso... será que tenho uma estrelinha da sorte que me dá boas energias ou se, inconscientemente, procuro sempre rodear-me apenas de boa gente? Isso é possível? Porque é que eu sou uma felizarda, mesmo no imprevisto, no irreflectido?

"¿Qué he hecho yo para merecer esto?!!"

Dias que valem a pena

Há alturas em que nos vamos deitar depois de termos vivido um dia inteirinho sem fazer nada de especial e percebemos que, apesar de perfeitamente improdutivo, foi um bom dia!
Este foi assim! Um happy sunday!

Família e afins...

Posso dizer que tenho sorte por gostar da minha família. Sou uma felizarda em comparação com outras pessoas que conheço. A minha família mima-me e eu tento responder da melhor forma, sem pensar muito, apenas eu, Anne Marie, para o bem e para o mal.
Gostei de visitar a minha avó, muito serena e com um belo sorriso delirante, igualmente mimado. Somos uma família cheia de mimo doce, beijos e sorrisos.
O meu irmão vai voltar amanhã para Londres e eu fico com saudades antecipadas porque gosto do "puto". Se calhar volto a visitá-lo mais cedo do que previa...
Mais despedidas se aproximam. E Anne Marie pensa que a melhor forma de viver muito bem é mesmo aproveitar cada momento até à exaustão...
Assim, para o universo total holístico e também para o pormenorizado, a mensagem que quero passar é: aproveita a vida, o sol, a chuva. Salta, brinca, canta, encanta, chora, ri, dança, beija, abraça, sente, experimenta, surpreende-te, goza, ama... e sê feliz aos bocadinhos!

Dias muito agitados

Comecei 2006 em grande ebulição, com muitas histórias, partes muito boas (que bem que lhe soube, disse a minha treinadora das emoções) e parte más (sim, a avó preocupa-me).
De qualquer modo, estou a perceber que não posso controlar tudo, há pormenores, acções, situações que me fogem completamente do domínio... do controlo de Anne Marie.

Há uns meses atrás uma amiga mostrou-me um texto de Carl Gustav Jung... e depois de o voltar a ler, só posso afirmar que, quando for grande, quero sentir isto:

"Do mal, muita coisa boa resultou.
Mantendo-me calmo, nada reprimindo, permanecendo atento e aceitando a realidade.
Vendo as coisas como elas são e não como eu queria que elas fossem.
Ao fazer tudo isso, adquiri um conhecimento incomum, assim como poderes invulgares, de uma amplitude que jamais poderia ter imaginado.
Sempre pensara que quando aceitamos as coisas, elas nos sobrepujam de um modo ou de outro.
Resulta que isso não é verdade em absoluto. É somente aceitando as coisas que podemos assumir uma atitude em relação a elas.
Por isso, tenciono agora fazer o jogo da vida, ser receptivo a tudo que me chegar, bom e mal, sol e sombra alternando-se eternamente,
E, desta forma, aceitar também minha própria natureza, com seus aspectos positivos e negativos. Assim, tudo se torna mais vivo para mim.
Que insensato eu fui! Como me esforcei para forçar todas as coisas a harmonizarem-se com o que eu pensava que devia ser..."

Hospital de Santa Maria

Odeio hospitais porque são locais que albergam muita dor. Dor física e dor das emoções.
A minha avó viveu muito tempo como uma princesa. Agora está velhinha e reclama com saudades as mordomias do passado.
Odeio a doença, o desconforto, a fuga da energia e da lucidez...

Hoje não consigo escrever...

... porque estou preocupada com a minha avó que está no hospital. Faz anos amanhã, 87 anos, penso.
Não me apetece escrever, não me apetece pensar em escrever, não me apetece escrever por pensar, não me apetece escrever para não pensar. Não me apetece.

Mix Pequenos Prazeres

- Neve em NY
- Lavagem automática do carro, música dentro aos berros, espuma lá fora
- Uvas e morangos a meio da noite
- Sol na pinha

Perdoem-me os leitores

... hoje apetece-me passar à acção, não me apetece esperar... a única simples máxima que quero deixar pertence à rapariguinha louca dos anos 80 que apregoava "Girls Just Wanna Have Fun"... e run, Cindy, run!
Hoje espero não perder mais neurónios, pois na minha fresca idade começam a fazer a diferença...

Noite agitada, tempestade no corpo

Rodeada de boas amigas, passei uma bela e surreal passagem do ano. A festança prolongou-se com mais acontecimentos impossíveis de descrever num blog (sim, acho que é mesmo isso). Apenas posso dizer que a única vítima foi mesmo o meu estômago revoltado e a cabeça em desalinho. Aliás, estou a fazer um esforço extra-terrestre para conseguir teclar. Agora vou voltar para a caminha, para ter um fabuloso sono de beleza e auto-regeneração.